(arquivo pessoal de Suzana Guimarães) |
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Um poema de B. Leonardo, Portugal, 2010.
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"Fica o tempo que entenderes.
Espalha por aí as tuas bagagens,
as páginas meio desfolhadas
as brasas mal ardidas
nos teus livros mal tratados,
que tarde ou cedo se haverão de misturar com os meus.
Fica
dorme onde quiseres,
no sofá
na cozinha
na cama onde já tentei adormecer muitas noites,
e entretanto, desisti.
Prefiro as ruas que amanhecem desertas."
Despojo,
Novembro 2010, 20
bL