Para Cilnéia Felippe
sábado, 26 de dezembro de 2015
Geografia de mim
E foram surgindo caminhos estreitos, obscuros, estranhos; becos sem aparentes saídas, vielas sem luz... às vezes, pátios ensolarados onde sempre cantou uma única ave que carinhosamente chamava-me de bem... e também momentos de voos, asas abertas, coração acelerado em direção ao alto; comunhão com os astros... e foram surgindo dúvidas sobre mim, crescendo mudanças rápidas em meus movimentos (num corpo embora cansado e velho), e todos foram se perdendo daquilo que seria a verdade...
Porque hoje sou objeto metamorfoseado.
E foram tantas as mãos que moldaram esta para mim carcaça que por pouco, muito pouco, eu não saberia mais o correto endereço.
Por Suzana Guimarães
Para Cilnéia Felippe
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