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quinta-feira, 6 de outubro de 2016
O sentido da existência
Pesou o passar daquelas horas. O relógio à frente, na parede, ajudava. Pesou o corpo que se entregou dobrado. Ficou assim, dobrada em dois, sentada na cadeira dura e inerte. Sentiu vazio enorme e um clarão: a existência é sem sentido enquanto se embala na certeza contrária...
porque tudo acontece como que maestrado no final de tudo, mas no correr das horas parece vago e sem cor.
Podia ficar ali para sempre. Ou morrer ali daquilo tudo que era o nada a subir pelas pernas.
Curvada, olhou essa coisa alguma galgando dos dedos dos pés aos joelhos... nada fazia sentido, coisa alguma, gente nenhuma.
Foi então que neste desejo de morte, ouviu chamarem seu nome.
Suzana Guimarães
_ era 5 de julho.
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