Já fui sol e não sabia. Ardi seus olhos e sua pele. Queimei em você sem dó... porque eu queria, porque ninguém mais fazia. Tantos e tantas que por você passaram e em você ficaram num correr de anos sem piedade - o tempo é mais cruel que eu! -, e muito pouco fizeram ou mesmo nada quiseram... Para despertar o que ardia em segredo, no escrutínio do seu peito; mas eu não sabia, apenas sentia e isso é tudo.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Já fui sol
Já fui sol e não sabia. Ardi seus olhos e sua pele. Queimei em você sem dó... porque eu queria, porque ninguém mais fazia. Tantos e tantas que por você passaram e em você ficaram num correr de anos sem piedade - o tempo é mais cruel que eu! -, e muito pouco fizeram ou mesmo nada quiseram... Para despertar o que ardia em segredo, no escrutínio do seu peito; mas eu não sabia, apenas sentia e isso é tudo.
Ardi em dois tempos, em bem menos que quatro mil dias, em bem menos que o todo de uma vida.
Já fui sol e não sabia. Já quis ser voo cego ao precipício, fingindo ser pássaro; já quis ser morte, e também clausura, catedral antiga, eu só quis...
Você agora é lado de fora, externo, natural. Eu sou quase a mesma, não mais solar, porém... sou planície prata; noturna em pleno dia, sou a continuação do que eu sempre fui. Sou pausa.
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