Ilustração por

Sobre contos e pespontos

Entre um conto e outro, alguns pespontos. Preciso dos pespontos para manter o principal equilibrado e firme. Preciso todo o tempo... Aprendi a pespontar quando a minha mãe me ensinou a fazer flores. Não, não se aprende a pespontar quando se faz flores. Essas apenas me lembram a minha mãe que me ensinou a pespontar os arranjos que a vida nos dá.



sábado, 10 de agosto de 2013

Eu disse que gostava de diários?

A mim, pouco coube. Não sei de mim, mas todos os personagens aves eram negros. Eu sei o que vi. Abri a porta da grande gaiola, eram várias espécies a transitar por lá. Nenhuma delas saiu porque, de longe, eu enxerguei tudo precário, mas, de perto, era tudo rico relicário. De qualquer forma, deixei encostado na pilastra mais próxima, um velho guarda-chuva, em pé, para caso de chuva. Ao lado, predominava o verde. Deixei também a porta aberta, pouco me importando se iriam gostar que eu assim agisse ou não.
 
 
Agosto, 10
 
Suzana Guimarães
 
 
 
Nota: não é bom tirar um cochilo à tarde.