Por Suzana Guimarães
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
QUE SEJA CALMA
Que seja calma a música que
toca, em som baixo, para não despertar mais nada... que sejam silenciosos os
passos, os sentidos e as batidas do coração. É preciso adormecer. Que as vozes
não façam eco, não reverberem, apenas completem os espaços entre os vazios do
silêncio, só o bastante necessário.
Que tudo se guarde, se acalme,
seja raso, seja lento, seja nascituro, tudo ainda imbuído no ventre. Que o
momento seja este: aquele em que o ponteiro parou. É preciso
adormecer.
Por Suzana Guimarães
Nota: texto anteriormente publicado em 'O Medo de Suzana', em 19 de setembro de 2012.