Ilustração por

Sobre contos e pespontos

Entre um conto e outro, alguns pespontos. Preciso dos pespontos para manter o principal equilibrado e firme. Preciso todo o tempo... Aprendi a pespontar quando a minha mãe me ensinou a fazer flores. Não, não se aprende a pespontar quando se faz flores. Essas apenas me lembram a minha mãe que me ensinou a pespontar os arranjos que a vida nos dá.



quinta-feira, 22 de junho de 2017


Tempo do ócio. É verão na América do Norte. É calmo outono em mim. 

Férias❣

Aos meus queridos leitores espalhados por este mundão de Deus, minha saudade antecipada de vê-los repetidamente nas estatísticas do blogger.com... eu nem sabia que Macedônia era um país (para mim, era uma região do passado), tampouco havia ouvido falar em Mayotte. 

Felicidades, sucesso... são meus votos a todos!

Suzana

terça-feira, 20 de junho de 2017


Realmente, Paris pode esperar. E também meu doce e valente rei de coque! Supunha eu vê-lo e tê-lo assim? Um bom homem sabe fazer uma mulher sorrir. Um bom homem sabe e pode esperar.


domingo, 18 de junho de 2017


(fotografia por Suzana Guimarães)



"céus pousados nos ombros
sais vários temperando o rosto
calando as chuvas

meus ais domingos
antigos cansaços
todos espremidos
num canto da sala
decompondo-se em
tácitos azuis


desenrolo o dia
cotovelos na janela
queimados de sol
e esquecimento:

um fio de cinza
quase beija meu corpo."


Priscila Rôde

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Apenas um casal comum.

(Imagem retirada do Google)





Ele dizia que eu o massacrava, às vezes, dizia, entre beijos e abraços delicados. Ele rotulava-me, às vezes, e eu permitia porque eu gostava daquele jeito dele, educado e medroso de me perder de vista. Éramos doentes, até hoje seríamos, somos. A gente não se curou, a gente aprendeu a disfarçar nossos males, muito mais ainda nossas belezuras... Dois loucos idênticos! Um terceiro disse que foi um encontro infeliz quanto ao tempo dos dois, ambos em vendavais pessoais.

Ele dizia que era para nunca mais, eu também. Ele me detestava e me amava; e eu também, a ele.

Ele me deu um mundão de palavras, uma tempestividade inapropriada, perfeita em mim. Eu gostava de provocá-lo só para vê-lo em fogo, e, por isso, acabei por dar-lhe olhos e levantei a beirada da manta na qual ele insistia em se cobrir (o restante da manta, ele arrancou sozinho).

Eu sonhava com ele e nem em sonhos a gente conseguia ser um casal normal. Bom, a gente nunca foi um casal... vontade deve ter baixado mais vezes que espíritos na casa do vô Bento, entretanto.

Entretanto, havia doação bilateral. Havia magia. Há magia, até hoje os ventos gritam nos meus ouvidos o nome dele. Parece provocação. É! Mas eu aprendi a lidar com isso, converso com o vento, levanto uma lista enorme de argumentos, entre queixas, sorrisos, acusações, desejos homicidas e mostro ao vento que eu sou ocupada, tenho a minha vida - seja ela do jeito que for - para cuidar.

Ele dizia que eu era grossa, doce, corajosa. Eu também soube xingá-lo bem, isso foi o que melhor fizemos juntos!

Ele dizia que eu o massacrava... hoje, aplaudo, curvo-me, sorrio e faço uma reverência. Penso, "Sou tua, sou tua, até você me provocar".



Por Suzana Guimarães

terça-feira, 13 de junho de 2017


"Depois de três pontos finais na nossa saudade, acabamos criando reticências...

(...)"

Angel Popovitz

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Centro histórico de São Luís/ Maranhão/Brasil


(Brasil - Foto de Franck Santos)