sexta-feira, 25 de novembro de 2011
EM ÁGUAS
Embalsamada minha alma...
Tranquei-me em luto branco
Fechei boca,
Ouvidos...
Entrefechei os olhos.
Os ventos secaram as lágrimas
O tempo ganhou
Fui para a praia
Areias brancas
Palmas brancas
Mar branco, céu branco, eu, um conjunto.
Atirei-me ao mar
Misturei-me às espumas
Entreguei-me às ondas
Sou silêncio.
O grito morreu faz tempo na garganta trancada.
Sou um som antigo...
Embala-me, mãe, embala-me.
Por Suzana Guimarães