Catedral é seu corpo
Nave esplêndida em ângulo reto
Onde estendo minhas asas
Sou pássaro, desde feto
Sempre fui
A vagar pelos céus da procura infinita.
Incansável,
Alcei alturas absurdas só para encontrá-lo,
Cá estou,
Penetrando em seus segredos
Ouvindo o som que arde em meu peito
Ecoa em ti?
Sim, catedral é seu corpo
Onde adormeço
ferida de voo...
Cessam em mim
pensamentos rasteiros
de um tempo perdido sem ti
Onde chamas ardiam isoladas
Quando eu o chamava em vão.
Por Suzana Guimarães