(Fotografia de SCG - arquivo pessoal) |
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
FEITO MORTE
a calha seca
jorrou impávida
molhou
deve ser assim a morte, pensou
deve ser assim ânsia subindo peito arfando
pés queimando, frios, ardentes... deve ser assim
trotando no breu
tateando
pulsando
garganta seca
a face louca
arisca
sua.
Atiça a moça morta
Aviva a murcha rosa
a boca busca mais que suga.
Para, para o tempo
para agora
precioso vício
queimando
em última cegueira
(por Suzana Guimaraes)