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| deserto à noite, fotografia, por SCG |
escuta o silêncio, escuta... ele está lá fora, à espera de mim, ele já grita na angústia de não ser ouvido, no deserto vermelho de beirute. É novamente noite. É novamente deserto. A moça cantarolava, sentada na mesa do bar, sozinha, uma música estranha, que falava de silêncio. O garçom serviu vinho tinto. Do outro lado do mundo, acendiam-se velas. Do outro lado do mundo, caminhava uma procissão. Muitos passos foram dados até chegar. Mas, não. Apesar do beco de nome silente, apesar da noite calada, gritamos tanto, até arder igual a areia fina, o fino vinho tinto, gritamos até a rouquidão, a frouxidão.
escuta, escuta, para escutar é preciso silenciar. Você sequer sabia para onde caminhava, eu sequer sabia para onde ia. O silêncio guiaria. Restou apenas a palavra morta, despencada, caída frouxa de nossas bocas. Era só preciso quietar. Era só preciso cantar baixinho no deserto, bem baixinho, só o tanto certo para ti, o tanto para mim.
hoje, estou aqui, noutro escuro, impotente, e ouço ruídos doídos. Não sei mais me calar. Não sei mais falar, nem sei silenciar.
por Suzana Guimarães
Um silêncio que eu ouço e não sei explicar, um silêncio que eu ouço e as pessoas não entendem o porque eu ouço, ninguem entende, mas eu ouço.
ResponderExcluirNão faz parte do meu mundo imaginário, eu ouço de verdade...e o que aparece é só um triste silêncio...adorei.
Beijosssssssssss
Silêncio é coisa que combina perfeitamente com sabedoria.
ResponderExcluirQuintana disse em "No Princípio do Fim":" Hoje o que mais se precisa é de silêncios...que interrompam os ruidos"
Aqui há tantos silencios barulhentos.
Beijo adorável menina.
Gostei do que você fez com o teu texto, colocou um momento e depois rodou pelo mundo, a cada instante acontece algo novo, enquanto um bebe nasce, alguém morre, um vai se casar e outro que decide se separar. Gosto dessa dualidade e também o silêncio para arejar e tudo se ajeitar.
ResponderExcluirPerfeito.
Beijos, e estou muito feliz que tenha me visitado, é uma honra para mim.
É o silêncio mostrando o caminho para quem quer seguí-lo.
ResponderExcluirÉ o silêncio sobrepondo-se aos ecos que só se repete.
Gostei Suzana, muito bom
Muito bonito, Suzana, nem sei o que falar. Silencio-me e deixo-lhe um beijo =)
ResponderExcluiràs vezes, suzana/lily, o silêncio é tbém uma forma de comunicação...
ResponderExcluirAbçs e o céu cinza-chumbo de são luís nesta terça não se conteve com a minha dor e chorou o que eu não tinha mais para pôr pelos olhos...
Tinto é o vinho, tanto é o silêncio. Todas as ausências, o acúmulo de faltas decorrem da palavra, do esforço inútil para ressignificar, a captura impossível do sentido, sem os sentidos, todos precários, mesmo reunidos.
ResponderExcluirVelas, para iluminar casas, ruas, cidades, planetas, cometas e almas. Velas para guiarem barcos, para sustentarem parcos ruídos que vêm de dentro, de nós e do mar de possibilidades que emerge do simples quietar!
Beijo.
Seu silêncio passou por aqui, me envolveu, mas nãoera a noite, foi um dia claro... a névoa dos cegos, é sempre melhor que seja assim,a visão nos atrapalha os sentidos, deixamos de escutar para ver e se vemos, logo, julgamos.
ResponderExcluirescutei o teu siêncio e toquei a paz.
bjãO Suzana
Suzana, estou tentando aprender a meditar. É difícil. Porque não é só ficar em silêncio, é não ouvir o silêncio, é o não-pensar.
ResponderExcluirEsvaziar a mente é a maneira dos sábios de formatar o winshester (é assim que se escreve??) e com a mente vazia tomar novamente a palavra, firme, decidida, certeira.
Amo seus textos,
Beijo grande,
A vocês, tão especiais!
ResponderExcluirA forma de vocês comentarem meus textos é algo que me deixa perplexa e eu não me acostumo nunca. Sempre fico surpresa com o retorno de vocês, um retorno sincero, lotado de sentimentos... vocês escrevem textos para mim.
E eu acabo aparecendo para falar um pouco mais... não resisto ao encanto de vocês e nem quero.
Eu nunca fui a Beirute, então o texto é ficção. Mas o texto não pode ser ficção porque eu estou sentindo tudo isso, toda a amargura de viver um barulho interno ao mesmo tempo em que ouço o chamado do silêncio (espero que meu querido médico no Brasil não esteja lendo isso).
Eu queria, da mesma forma, que neste exato momento quero oxigênio, eu queria estar só em algum lugar, Beirute ou não, em completo silêncio, por alguns dias, numa cidade qualquer, onde não haja vínculos algum. Tenho certeza de que eu conseguiria equilibrar o ruído interno com o silêncio que bate à porta, aflito para entrar de vez. Parece que ele sai, assustado, quando encontra o ruído.
Bom, espero mesmo que meu médico não leia isso.
Obrigada a todos! Se aqui fosse banca de festa junina (seria mesmo esta a palavra, banca?), eu estaria beijando a todos, sem vender, de graça, beijo bem estalado, mas selinho, com certeza.
Malu,
ResponderExcluirLi Krisnamurti e, apesar do longo tempo que já se passou, pois eu tinha 19, 20 anos, fico tentando relembrar as palavras dele... como se fosse preciso, já que muito ficou em mim.
Ele dizia que precisamos liberar nosso cérebro, fazer isso, deixar de pensar, de sentir, de conceituar, para que o novo entre, seja criado. O velho apenas lota e ocupa nossa mente naquilo que ela já sabe e já conhece... não dando espaço à criação.
Eu sempre tento e busco isso, mas na maioria das vezes, me perco rápido demais.
LilY, tuas palavras emocionam minha alma... e choro... e nem sei explicar o pq...
ResponderExcluirAcho muito legal os comentários que fazem dos textos que escrevemos... como nos mostram visões diferentes... sentidos diferentes... daquilo que pensavámos que expressaríamos nas linhas dos nossos textos(meus... eu chamo de fragmentos)...
Acho incrivel o modo como sinto o além das palavras... silêncioxbarulho...
obrigada pela reflexão. bjssssssssss
Oi Suzana!
ResponderExcluirPra escutar é preciso silenciar, como se fosse fácil calar esses barulhos internos que teimam em gritar dentro de nós... Há muito que não consigo... mas há muito que me permiti ouvi-los com atenção, deixando-me invadir pelos sons que vêm de dentro, do fundo da minha própria alma.
Super beijo, adoro tudo que você escreve!
Carla
Su, eu sempre venho e me acho no ar com eles (teus textos), mas é a sensação de me sentir maravilhada que me faz voar por dentro deles.
ResponderExcluir"Hoje, estou aqui, noutro escuro, impotente, e ouço ruídos doídos. Não sei mais me calar. Não sei mais falar, nem sei silenciar".
Dizer oquê? Amei!
Beijo
Essa ansia de liberar os barulhos internos e contrapo-los ao silencio a nossa volta, nos faz estabelecer novas diretrizes aos pensamentos...
ResponderExcluirEles ecoam no silencio e retornando nos fazem reavalia-los, filtra-los, reafirma-los....
Ou simplesmente deleta-los...
bjo
lily: Adorei,tu és toda silencio és uma pessoa sensivel, mas o silêncio não se ouve sente-se.
ResponderExcluirbeijos minha amiga e flor do meu eterno jardim.
Santa Cruz
POR QUE A SUZANA ESCREVE?
ResponderExcluirQuem não tem "atualizador", usa o outro espaço que tem.
Acima, último post em O MEDO DE SUZANA.
Abra a porta, vês aquele banco daquele jardim dois quarteirões de ti?... Sim... Aquele banco verde, ou amarelo, ou vermelho. Não é Deserto, nem é céu, mas senta... Olha a tua volta, deixa-te estar, cala-te e escuta... A cidade ainda é um Deserto maior que a areia!!!
ResponderExcluirBeijo
Belo Texto!
ResponderExcluirApesar do barulho aturdido, podemos administrar o nosso silêncio, esquecendo tudo o que ocorre por fora. Às vezes este silêncio interno faz bem à nossa mente.
Que bom que você está feliz! Estamos felizes juntos. Seguiremos rumo à vida num mar de flores.
A cor do anel poderia ser azul ou verde. Mas as cores não importam, mas o que importa é a união de uma amizade infinita.
Um Grande Abraço, para você também. Obrigado, sempre pela companhia!
Suzana minha linda, estou em silêncio, na luz das suas palavras a procura de outras palavras para compor aqui. Porém os verbos me silenciam trazendo até mim um sorriso na face e uma vontade de abraçar-te...
ResponderExcluirEntão fico aqui, em silêncio observando as suas palavras e sentindo o seu abraço
Beijos
UAUUUUUUUUUUUUUUU,
ResponderExcluirPARABÉNS
sabia que vc conseguiria minha linda, pensam o que que esta minerinha é feita só de pão de queijo, nada não.
devagaria vai levando faixa tudo por este caminho,HA
curvo-me sem tirar o olho do seu, em sinal de respeito.
Bjão e imagino sim o quanto esteja feliz.
Mas Su sei que tenho andado pouco por aqui e bem atrasada com as minhas leituras e pra vc preciso de atenção, só que por hora fico aqui, mas volta sim no final de semana a fazer as visitas em todos os teus, e outra lá. ok?!
Obrigada sempre por teu carinho minha querida Fada.
"escuta, escuta, para escutar é preciso silenciar."
ResponderExcluirSimplesmente só posso me silenciar diante de tamanha sabedoria....e APRENDER.
beijos, LINDONA!!!
Te adoro!
Bia
Meu encanto,
ResponderExcluirvá no Aleatoriamente tem um selinho para ti.
Quero ver teus gostos em cinco perguntas.
Ah, vai lá Su!
Beijo.
Fernanda
Suzana, e eu adoro o silêncio.
ResponderExcluirQuem me conhece DE VERDADE, sabe que eu falo melhor através do silêncio.
O barulho tá dentro de mim, mas não sai.
Meu silêncio diz tudo!!!
Um beijooooooooo!
(Adorei seu comentário: Hj to o bicho. kkkkkkkkkkkkk, você é uma querida Su. Nem sabe o tanto que eu gosto de ti)
Oi Suzana...
ResponderExcluirÀs vezes precisamos do silêncio total para ouvir o coração, os desejos, os temores e a própria vida.Acho que é tão difícil silenciar, pois precisamos de paciência, ao contrário do gritar. Escuto seu silêncio que grita aqui do outro lado.
beijos Néia
Que texto maravilhoso! :)
ResponderExcluirSuas palavras me encantaram!
Beijos, querida.
Suzana, adorei esse texto! Sim, tu escreves lindamente, mas eu conheço tanto de silêncio que é impossível não me encontrar nele...
ResponderExcluirno silêncio me sou tanto como nunca serei em palavra qualquer...
Lindeza esse jeito de contar o silêncio que habita e desabita o ser.
beijos!!
Ficar em silêncio é como ter paciência,
ResponderExcluiré deixar a boca descansar,
é deixar a voz dentro de uma garrafa
no meio do mar ...
Eu tenho mais facilidade em silenciar do que em falar, aprendi quando criança, admito que não me faz bem ...
Mas, o silêncio é valioso para meditar,
saber ouvir, para saber analiar os passos que estamos dando, para entender 'O QUE ERA PRATER SIDO' se valeriaa pena ou não.
Estamos sempre indo embora,
de algum lugar, de alguém,
e de alguma noite também ...
Suzana escuta, o que você escreve eu escuto. Beijo.
Dulcie