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Sobre contos e pespontos

Entre um conto e outro, alguns pespontos. Preciso dos pespontos para manter o principal equilibrado e firme. Preciso todo o tempo... Aprendi a pespontar quando a minha mãe me ensinou a fazer flores. Não, não se aprende a pespontar quando se faz flores. Essas apenas me lembram a minha mãe que me ensinou a pespontar os arranjos que a vida nos dá.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

YOU ARE SO LITTLE

fotografia, por SCG



You are so little
e pequena nossa necessidade de um dicionário, uma gramática inteira.

You are so little
e pequena a implicância, a provocação, desatenção.

You are so little
e pequeno o espaço entre nós,
pernas, braços, tronco
o que é meu, o que é teu?

You are so little
e não me nego
e tu não te negas

You are so little
onde terminas tu, onde começa eu?
E se desfazem os nós, tão fáceis...
ainda bem que tu não falas minha Língua
apenas deténs em ti meus olhos, minha boca,
meu eu centrado em ti.

palavras, palavras... inúteis palavras
eu as compro, mas de pouco me servem as roupas.

por Suzana Guimarães

13 comentários:

  1. Última publicação no O MEDO DE SUZANA:

    "COMO TEM QUE SER"

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  2. Ah!
    Damned...
    O tão pouco e o poucochinho.
    A pequenez e a mesquinhes you are so little, redunda a pouquíssimo, paupérrimo, superlativo absoluto de vai embora!
    E centrado no olhar das mãos uma pena uma dó, vida sem nó, que nós não se desfazem tão simples, nem se desatam tão complexos. E as vezes o you are so little, é só uma forma de não chorar.

    Beijo

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  3. Versos lindos en cada uno dejas sentimientos que en letras se sienten claro...amiga geniales tus letras...bello

    saludos
    linda semana
    abracos

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  4. As vezes você simplesmente me cala e pronto. Fico aqui vendo minhas próprias vilas, minhas direções. Tudo longe, perto, ao alcance, deslizante, esfuziante. Sei lá. Dimensões tantas e suas palavras vão encobrindo tudo.
    É o que eu sempre digo, palavras são simples ou te alcançam ou simplesmente se perdem e pronto. Bacio, linda semana pra ti

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  5. Vista-se com as palavras, sonhos para vestir, para investir, empreendimentos em que os lucros significam perdas e estas propiciam dividendos para a alma e não para o bolso. Roupas para que? Afinal, o corpo quer apenas ser, simplesmente estar e bem estar. Para isso, nada a ocultar, mas a necvessidade gritante e serenamente inadiável de declarar-se, a quem interessar possa!

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  6. Suzana,


    onde terminas tu, onde começa eu?
    E se desfazem os nós, tão fáceis...

    Por isso eu adotei essa nova forma de viver na minha vida, e é irrevogável e irreversível, pode ter certeza.

    Não existirá mais nós,
    mais laços que um dia serão desfeitos.
    Agora, só existe EU.
    Só existirá essa palavra: EU!

    Por mais que julguem essa minha maneira tão minha (E tão feliz de ser), eu digo:

    Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que.
    Eu sei as minhas.

    Coias lindas que você escreve!!!

    Um abraço lotadooooo de bem querer!

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  7. [não resisto a partilha destas, há tanto escritas, mas que as trago sempre por perto:

    «Na tua presença tudo isto se desfaz, todo o grão vazio de vida se esvazia ainda mais, todo o teu sorriso encobre as minhas longas noites sem sono, apenas com imagens e palavras, o teu corpo por percorrer. Na tua presença o tempo suspende, o tempo arqueja, o tempo figura-se de momento impenetrável.»

    ... tão pouco, tanto!]

    um imenso abraço, Suzana

    Leonardo B.

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  8. Su, minha queridona,
    Palavras! vestí-las as vzs não nos cai bem, melhor a básica nudez, esse idioma universal do amor.
    Bjão e mega semana

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  9. Parece que encontrastes nete poema os elos de uma corrente que se perpepua em ciclos inacabáveis.
    Pequenos ciclos, mas ciclos.

    Beijo Suzana

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  10. Que lindo Suzana! Me passa descoberta! Gostei!
    bjs e bjs!

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  11. E visto-me com as suas palavras, pois as minhas ficaram na loja ao lado!!

    Beijos Suzana que eu tanto adoro

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  12. Queridos,

    Vocês são bem melhores que o texto.

    Uma guirlanda de rubros corações a todos...

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