quinta-feira, 27 de outubro de 2011
DEVASTAÇÃO
Esta casa não é minha
E nem os sonhos que me compunham
Nem meus, os olhos que tanto quiseram ver
Esta boca que sorri
Também não é minha
Meu corpo caminha perdido
da alma
que se aquietou
Parou
Mergulhou no breu de um canto mudo
Desfez-se da vaidade da leveza
Pesa num canto da casa, é talvez uma cômoda, um aparador
Nada é mais meu, tudo se tornou devastação.
(por Suzana Guimarães)