segunda-feira, 21 de junho de 2010
EMBRIAGUEZ
Suzana C. Guimarães
Ensimesmada, me embriago.
Em tempestivas tragadas
Me aguo...
De letras do teclado.
Não desagarro,
Sou tragada!
De mim nada mais sei
Corpo sem cuidar,
Qualquer pano que me cubra
Sem colar
Sem cheiro
E me deito.
Vejo letra rubra
Machucada.
Me desajeito
Com as todas palavras.
Anestesiada...
Vejo teclas,
Vejo-as nuas, marcadas.
Minha casa cheira a aguardente
O mesmo com que me embriago
Daquela coisa quente!
Minha cama está desfeita.
Minha casa não se enfeita.
Bebo, bebo, a última letra guardo
Do lado esquerdo, à espreita.
Sonho embriagada
Daquelas palavras
Andam perguntando por mim, exalo meu peito
Que leio.
Ensimesmada, me embriago.
Em tempestivas tragadas
Me aguo...
De letras do teclado.
Não desagarro,
Sou tragada!
De mim nada mais sei
Corpo sem cuidar,
Qualquer pano que me cubra
Sem colar
Sem cheiro
E me deito.
Vejo letra rubra
Machucada.
Me desajeito
Com as todas palavras.
Anestesiada...
Vejo teclas,
Vejo-as nuas, marcadas.
Minha casa cheira a aguardente
O mesmo com que me embriago
Daquela coisa quente!
Minha cama está desfeita.
Minha casa não se enfeita.
Bebo, bebo, a última letra guardo
Do lado esquerdo, à espreita.
Sonho embriagada
Daquelas palavras
Andam perguntando por mim, exalo meu peito
Que leio.
4 comentários:
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'andam perguntando por mim'... e eu que me faço todos os dias essa pergunta a mim mesmo?
ResponderExcluirEnquanto não encontro respostas, leio, leio poemas tão sensíveis como esse!
Uma boa semana!
Olá! Tudo bem? Muito bom seu espaço! Adorei! Abraços, Jorge Jacinto.
ResponderExcluirQue lindooooo!
ResponderExcluirEncantou-me teu espaço!
Este poema é um encantamento!
bjooooooooo
É bom a gente sentir que tem gente como a gente... e gente que é gente... pelo menos a gente sabe que la no fundo, a gente é, sim, gente!
ResponderExcluirSeu espaço me faz sempre-sempre me ver. Continuo sem me entender, mas quero!?
Será que tem um idioma que é nosso? Que a gente nasce sabendo, pq é a gente? Tudo indica que sim...
beijos perfumados.