Ilustração por

Sobre contos e pespontos

Entre um conto e outro, alguns pespontos. Preciso dos pespontos para manter o principal equilibrado e firme. Preciso todo o tempo... Aprendi a pespontar quando a minha mãe me ensinou a fazer flores. Não, não se aprende a pespontar quando se faz flores. Essas apenas me lembram a minha mãe que me ensinou a pespontar os arranjos que a vida nos dá.



quinta-feira, 3 de junho de 2010

O TEMPO

                          Suzana C.Guimarães


Penso:
Era tão negra assim
A noite?
As sombras tão altas assim
Que eu só as pudesse ver
Ao longe?
Era assim o tempo tão lento
Que eu não pudesse
Vê-lo?
Tê-lo?
Eram maçãs que caíam
Ou eu que perdia o tempo
Da colheita
Ou era que o tempo é que se esvaía?
E eu ia
E vinha pelas antigas trilhas.
Ou era eu que não contava os dias
Não mais em franca zina
Num tempo que rugia,
Em que as sombras eram só minhas?
Penso,
Era então dia,
Eu é que não via.
As sombras,
Curtas...
Iguais ao tempo que zunia.

2 comentários:

  1. Quem se perdia?
    O tempo?
    eu?
    Não sei...
    As estações fogem de mim
    o tempo abraça o vento encontrando-se em trilhos de saudade.
    Quem passou?
    O tempo?
    O vento?
    Não sei!
    O tempo canta,
    a poesia versa
    o sonho reversa!

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  2. muito lindo os versos..... tienen muito sentimiento e sua maneira de dizer o q vc pensa o plasma muito bem nos seus escritos.......

    saludos

    Permiso pra seguir seu blog........!!

    ResponderExcluir

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